Universidade de Oxford inicia testes de vacina contra o coronavírus

Pesquisadores vão começar a testar o medicamento em adultos jovens e, ao mesmo tempo, produzir um milhão de doses até setembro

 

Cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, vão iniciar testes clínicos em seres humanos com uma vacina experimental contra o coronavírus nesta quinta-feira (23). A informação foi confirmada pelo secretário de Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, nesta quarta.

O projeto vai receber uma verba extra de 20 milhões de libras (cerca de R$ 133 milhões) do governo britânico, segundo Hancock. “Vamos apoiá-los até o fim e dar os recursos que precisam para melhorar suas chances de sucesso”, disse ele, segundo o jornal The Telegraph.

Um milhão de doses

Pollard disse também que o Instituto Jenner de Oxford e o centro de vacinas da universidade, responsáveis pela pesquisa, pretendem produzir “por conta e risco”, um milhão de unidades da vacina experimental até setembro, mesmo enquanto os testes clínicos estarão em realização.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já afirmou diversas vezes que espera que uma vacina segura esteja pronta dentro de um ano, mas os pesquisadores de Oxford esperam consegui-la bem anstes desse prazo.

“Nossa meta é já ter um milhão de doses em setembro, assim que tivermos os resultados de eficácia dela. Daí, poderemos andar mais rápido, porque é bem claro que o mundo vai precisar de centenas de milhões de doses até o fim do ano para acabar com essa pandemia”, disse o diretor do Instuto Jenner, Adrian Hill.

A equipe de Oxford chamou o produto de “ChAdOx1 nCoV-19”, que usa um tipo de imunização conhecido como recombinação viral, semelhante ao usado na vacina contra hepatite B. Ele foi escolhido porque, caso funcione, pode gerar uma forte resposta do sistema imunológico com apenas uma dose.

Estudos preventivos

A pesquisadora-líder do estudo, Sarah Gilbert, contou à imprensa britânica que sua equipe pôde avançar rapidamente na pesquisa porque já estava fazendo estudos preventivos para uma possível pandemia, que eles chamaram de “doença X”.

“No ano passado já estávamos estudando vacinas contra febre de Lassa, Mers (outra doença causada por coronavírus) e a Doença X. Não sabíamos qual microorganismo a causaria, mas já tínhamos planos para o caso dele aparecer e nós precisarmos pesquisar”. relatou.

O grupo também utilizou uma tecnologia que permite que a mesma base seja usada para diversos tipos diferentes de vacina, chamada ChAdOx.

Com isso, eles esperam que parceiros no Reino Unido, Europa, China e Índia possam ajudar com uma produção rápida da vacina. Dessa forma, se ela for aprovada, a produção e distribuição poderão ser feitas de maneira mais ágil pelo mundo.

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