Homem é inocentado após ser condenado injustamente por estupro de vulnerável

No último 16 março, a adolescente que o havia denunciado desmentiu a história junto as autoridades de justiça

 

 

Condenado a dez anos de prisão após uma acusação de estupro inventada por uma adolescente, Cleber Michel Alves, 41 anos, foi inocentado e solto. A informação é do site Ponte.

O homem foi preso em 20 de setembro de 2016, acusado de estuprar uma menina de 13 anos em 2 de setembro daquele ano. No último 16 março, a adolescente que o havia denunciado desmentiu a história junto ao Ministério Público Estadual em Cerquilho, no interior de São Paulo.

A adolescente esclareceu que havia inventado a denúncia de estupro para que a família não descobrisse que ela havia passado a tarde com o namorado.

Em seu primeiro depoimento, a jovem contou que Cleber a havia encontrado perto de sua escola, em Cerquilho, por volta das 13h, e a teria forçado a entrar em seu carro. Em seguida, de acordo com a denúncia da adolescente, ele a teria amarrado-a em uma árvore e a violentado até o anoitecer.

“Eu que fui no lugar, ele [namorado da jovem na época] me incentivou a matar aula. Minha mãe me ligou desesperada e falando que iria me bater se eu não voltasse logo”, relatou em seu segundo depoimento.

Cleber é autônomo, trabalhava vendendo bolas de futebol confeccionadas por ele e, na manhã do dia do suposto crime, por volta das 10h30, havia estado em uma escola de futebol em Campinas, a 88 km do local onde teria ocorrido o estupro.

Na mesma manhã, ele foi fazer uma entrega de dezenas de bolas de futebol na Penitenciária de Guareí, a 67 quilômetros da escola da adolescente.

A Secretaria da Administração Penitenciária forneceu uma carta que confirmava que Cleber esteve lá no dia sitado. A defesa também apresentou documentos comprovando que ele havia passado por cidades distantes de Cerquilho naquele dia.

Nada disso foi levado em conta pela Justiça, que deixou de lado as fragilidades da acusação e condenou o artesão a 10 anos de prisão por estupro de vulnerável, em regime fechado, e 5 meses em regime semiaberto por ato obsceno.

 

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