GDF prevê impacto negativo em diversos setores

Segundo o documento encaminhado à CLDF, os setores de diversão, turismo e hotelaria foram os primeiros a serem afetados, e, portanto, os que mais sofrerão

 

O governo do Distrito Federal prevê que o impacto do coronavírus nos setores de vestuário, restaurantes, turismo, hotelaria e diversão pode sofrer em um ano uma variação negativa de 10% a 20% num melhor cenário ou de 30% a 41% num quadro de agravamento da crise econômica. Em alguns casos, como bares e restaurantes as perdas podem chegar a quase R$ 2 bilhões, enquanto para o setor de calçados/vestuário prevê-se uma queda de faturamento de mais de R$ 1 bilhão. A estimativa, que serviu de base para o pedido da decretação do estado de calamidade no DF, foi feita a partir das expectativas do Banco Central sobre a queda de arrecadação do Produto Interno Bruto (PIB), com base na perda de arrecadação do ICMS e do ISS.

Segundo o documento encaminhado à Câmara Legislativa do Distrito Federal juntamente com o pedido de decretação do estado de calamidade, a percepção é de que os setores de diversão, turismo e hotelaria foram os primeiros a serem afetados, e, portanto, os que mais sofrerão. Para estes a queda no faturamento durante o período de isolamento social pode variar de 40% a 80%. O setor de bares e restaurantes – diz o estudo – que por estar associado a permanência de pessoas em grupos, o que não é aconselhável no momento devido ao risco de contágio por coronavírus, assumiu percentuais maiores de queda, que podem ir de 30% a 70% no faturamento. No setor de calçados/ vestuários, as perdas podem variar de entre 20% e 60%.

Quando os percentuais estimados são transformados em números, o GDF prevê para o setor de bares e restaurantes uma perda absoluta de faturamento anual que pode ser de R$ 840 milhões, indo até R$ 2 bilhões, numa situação de retração mais severa da economia. Quando entra cena o setor de calçados/vestuário, os empreendedores podem perder de R$ 501 milhões a R$ 1,5 milhão.

Empregos

Com relação a empregos, a metodologia usada foi de estabelecer os dois cenários, um mais otimista e outro mais pessimista com relação aos mesmo setores em que foi estimada a queda de arrecadação. No cenário mais otimista as demissões no setor de bares e restaurantes será de 10%, podendo chegar a 30% num agravamento da crise. Isso significa que o total de pessoas a perderem seus empregos ficará entre 4.457 e 7.293, no total de 72.930 empregados.

LOA

O estudo também previu a queda de arrecadação de ICMS e ISS na Leio Orgânica do DF. Com relação ao ICMS, a expectativa de receita era de R$ 7,7 bilhões, valor atualizado em 18 de março. Mas com a crise causada pelo coronavírus haverá uma redução de R$ 1 bilhão. Já o ISS, também atualizado, a previsão era de se arrecadar R$ 1,9 bilhão. Mas agora se estima um decréscimo de R$ 183 milhões.

A empresária Luciana Côrtes, dona de um dos maiores salões de cabeleireiros de Brasília, torce para a ajuda financeira de R$ 600,00 chegue logo às mãos dos trabalhadores autônomos. A preocupação dela é com os colabores do seu salão, que dependem de trabalhar para ganhar, já que recebem por comissão.

Para manter os empregos de seus trabalhadores Luciana está recorrendo ao home office e ao capital de giro da empresa. A empresária também luta para manter o contato com as clientes. Para isso, os profissionais do salão dão dicas de cuidados pelas redes sociais. “Estamos tentando manter o contato com nossas clientes neste período, disse Luciana.

 

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