Brasilienses apoiam medidas e 85% ficam em casa máximo possível

População endossa ações adotadas pelo GDF, como suspensão de aulas, fechamento de bancos e parques, e redução de impostos para álcool em gel e máscaras no combate à pandemia. Quase a totalidade afirma seguir as orientações dos especialistas

 

A chegada do novo coronavírus ao Brasil acirrou o embate entre o presidente Jair Bolsonaro e governadores. A relação entre o chefe do Planalto e os demais gestores já não andava boa desde que o presidente culpou os estados pela alta do preço da gasolina no início do ano. preço da gasolina que já haviam se desentendido
Em meio à crise provocada pelo novo coronavírus, que até o domingo (22/3) infectou 134 pessoas no Distrito Federal, a maioria dos brasilienses se mostra bem informada e disposta a ajudar no combate à disseminação do micro-organismo. É o que mostra levantamento feito pelo Instituto Exata de Opinião Pública (Exata OP).
Entre quinta e sexta-feira, pesquisadores conversaram com 1.102 pessoas, nas residências de cada um. A maior parte dos entrevistados (85,4%) declarou que recebeu muita informação sobre a doença, enquanto 12,8% disseram ter tido alguma ou pouca informação, e 1,7%, nenhuma. No que diz respeito aos hábitos mais recomendados pelos especialistas, a adesão também se mostrou alta. Ficar em casa o máximo possível é uma medida adotada por 85,4% dos entrevistados. Evitar dar as mãos e trocar beijos, por 92,1%. Já o conselho de evitar aglomerações é seguido por 93,2% dos brasilienses, enquanto 81% buscam não tocar olhos, nariz ou boca.
Outro ponto investigado pelo levantamento foi a opinião sobre as medidas que o Governo do Distrito Federal adotou até agora para tentar conter o avanço da Covid-19. A aprovação entre os entrevistados foi de 83,7%, com 11,9% de desaprovação. O governador Ibaneis Rocha, por sua vez, foi considerado atuante ou muito atuante por 75,3% das pessoas. Outros 20,6% julgaram o chefe do Buriti pouco ou não atuante, e 4,1% não souberam responder.
Ainda, 47,7% consideram Ibaneis como preparado para a crise, e 40,9% acreditam que ele esteja despreparado, com o restante não sabendo ou preferindo não responder. Nesse quesito, a população de Brasília se mostra mais confiante no governador do que no presidente da República, Jair Bolsonaro. Feita a mesma pergunta sobre o chefe do Executivo nacional, 61,3% disseram não considerá-lo preparado para lidar com a crise do novo coronavírus.
Medidas válidas
Na visão dos brasilienses, as medidas adotadas pelo governador Ibaneis têm sido válidas. A primeira delas, a suspensão de aulas e eventos, foi bem vista por 92,6% dos entrevistados. O isolamento de áreas em hospitais da rede pública para atender pacientes com suspeita de coronavírus, como é o caso do 7º andar do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), também: 93,6% estão de acordo.
A decisão de reduzir impostos para álcool em gel e máscaras foi apoiada por 97% do público, enquanto a montagem de uma estrutura no aeroporto para detectar casos suspeitos, por 96,1%. Ainda, 96,6% se disseram a favor de colocar equipes do Corpo de Bombeiros para vistoriar voos e locais de grande circulação, e 88,6% estão de acordo com o fechamento de bancos, shoppings e parques.
Também foi feito questionamento a respeito da nova doença, e93,2% declararam que consideram o vírus como grave ou muito grave. Apenas 6,5% julgam como pouco ou nada grave. Sobre o conhecimento a respeito dos sintomas mais comuns da Covid-19 (febre, tosse seca e dificuldades respiratórias) 68,2% disseram ter algum ou muito conhecimento a respeito e 74,6% afirmaram o mesmo sobre as formas de transmissão. Em caso de contaminação, 82,4% afirmaram saber como deve proceder, contra 16,3% que não sabem.
Gestão Ibaneis
A pesquisa aferiu, ainda, como a população vê a gestão de Ibaneis. Pouco mais da metade (51,7%) a avaliou como boa ou ótima; 32,9%, como regular; e 11,5%, como ruim ou péssima. O restante não soube responder.
Quanto à confiança no governador, 19% disseram confiar plenamente; 61,3%, parcialmente; e 13% afirmaram não confiar. Em pesquisa semelhante realizada em fevereiro, esses índices eram, respectivamente, 7%, 46% e 46%. A aprovação de Ibaneis também subiu durante a pandemia. Hoje, entre os entrevistados que responderam à pergunta, 62,3% dizem aprová-lo e 23%, desaprová-lo. Há um mês, a aprovação era de 38% e a desaprovação, de 48%. O estudo do Exata OP tem margem de erro de 3% e intervalo de confiança de 95%.

Avaliação de Governo
Veja como os brasilienses julgam o desempenho do GDF
Avaliação de confiança — Ibaneis Rocha
  • Confia plenamente 19%
  • Confia parcialmente  61,3%
  • Não confia  13%
  • Não soube responder  6,8%
Avaliação de desempenho — GDF
  • Ótimo  15,2%
  • Bom  36,5%
  • Regular  32,9%
  • Ruim  6,1%
  • Péssimo  5,4%
  • Não soube responder  4%
Atitudes na crise do coronavírus – Ibaneis
  • Aprovam  83,7%
  • Desaprovam  11,9%
  • Não soube responder  4,4%
Avaliação de Hábitos
Maioria da população do DF diz seguir as recomendações de especialistas no enfrentamento à Covid-19
Ficar em casa o máximo possível
Sim  85,4%
Não  14,6%
Evitar dar as mãos e trocar beijos
  • Sim  92,1%
  • Não  7,9%
Evitar tocar olhos, nariz ou boca
  • Sim  81%
  • Não  18,9%
Evitar aglomerações
  • Sim  93,2%
  • Não 6,4%
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