Em tempos de coronavírus, cuidar da saúde mental é imprescindível

O alto fluxo de informações conflitantes e as fake news nas redes sociais podem agravar a ansiedade e o sentimento de solidão

 

Após o decreto de pandemia de coronavírus feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o desenvolvimento trágico dos casos na China e na Europa e a chegada da doença no Brasil, é cada vez mais comum o número de relatos de pessoas com sintomas de ansiedade e depressão causados pela situação atual do mundo.

A recomendação das autoridades de manter o isolamento social também pode agravar o problema, principalmente em idosos, que estão assustados por fazerem parte do grupo de risco, além de terem maior predisposição à solidão.

Segundo o psicólogo e clínico geral Roberto Debski, há uma elevação dos casos de estresse, medo e pânico por tantas informações desencontradas, fake news e cenários apocalípticos. “É importante procurar respirar e optar por atividades e hobbies que ocupem a mente de maneira produtiva, e não ficar obcecado com esse assunto”, diz.

Um dos sintomas mais comuns de crises de ansiedade é justamente a dificuldade de respirar. Por isso, de acordo com Roberto, é importante que pessoas diagnosticadas com o distúrbio fiquem atentas ao estado mental para não acharem que estão doentes.

Nessa segunda-feira (16/03), a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou uma lista de orientações sobre a saúde mental da população. “O repentino e quase constante fluxo de notícias sobre um surto pode deixar qualquer pessoa preocupada”, diz o documento. A sugestão do órgão é que a pessoa escolha um veículo de informação confiável para não ter versões conflitantes sobre o tema.

A recomendação da OMS é lembrar que vivemos em comunidade e temos que fazer o possível para garantir o bem-estar de familiares, amigos e vizinhos. Por isso, deve-se manter contato por telefone e oferecer ajuda a quem precise. “Devemos trabalhar juntos, como uma comunidade, e ajudarmos a criar solidariedade na abordagem à Covid-19”, escreveu a equipe.

Outra opção é fazer meditação guiada por aplicativos de celular ou vídeos na internet. “E é importante conversar com outras pessoas e não se isolar. O isolamento deve ser apenas físico, mas as ferramentas modernas, como as redes sociais, ajudam a manter o contato com as pessoas mesmo à distância”, explica o psicólogo.

Idosos devem continuar o contato com a família apenas via telefone, evitando interações, principalmente, com crianças, que costumam ser assintomáticas e podem transmitir o coronavírus aos grupos de risco.

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