BRB disponibilizará linha de crédito de R$ 1 bilhão para setor produtivo

Empresários terão taxas de juros de 0,80%, seis meses de carência, e 36 meses para pagamento. Medida acontece diante do impacto do coronavírus no comércio

 

 

BRB aprovou, na manhã desta última segunda-feira (16/3), uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para empresários. A medida entra em vigor diante dos impactos sentidos pelo setor produtivo após as medidas restritivas adotadas pelo Governo do Distrito Federal no combate ao novo coronavírus.
Segundo o presidente do banco, Paulo Henrique Costa, o valor estará disponível a partir de quarta-feira (18/3). Ele explica que as condições serão facilitadas: a taxa de juros será fixa em 0,80%, com prazo de carência de até seis meses, e prazo para pagamento de até 36 meses.
A ação vale para todos os setores da economia. Além disso, o BRB seguirá todas as condições que forem anunciadas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), e adotadas pelos cinco maiores bancos do país. “Estamos dando um tratamento especial, inclusive do ponto de vista da documentação, que está sendo analisada para liberação das operações, face à situação econômica e as condições geradas pelo coronavírus.”
Francisco Maia, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), explica que o empresário que tiver interesse no empréstimo, deverá procurar o sindicato do respectivo setor para fazer a solicitação. O dinheiro poderá ser usado, inclusive, para pagamento de impostos e de funcionários.
Também estão descartados fechamentos de shoppings, e desabastecimento em supermercados. “É importante que a população tenha bom senso, e não há necessidade de correr para comprar porque vai ter mercadoria para atender todo mundo.”

Pagamento de impostos

Preocupados com a estabilidade financeira de pequenos e microempresários, os representantes do setor produtivo fizeram solicitações além da linha de crédito, que serão debatidas com o secretário de Economia, André Clemente. Valdir Oliveira, superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF) acredita que seria positivo antecipar o Refaz.
“Se o governo puder nos atender nesse sentido, é muito bom. É um olhar do setor produtivo. Precisamos ter renegociação dessas dívidas, o que é muito importante para os nossos empresários, as dívidas tributárias”, declara. “Outra coisa que precisamos avaliar é a possibilidade do IPTU. A gente sabe que as nossas micro e pequenas empresas em grande escala não são proprietárias dos imóveis, não são responsáveis por esses impostos.”
Para ele, a nova linha de crédito traz tranquilidade aos empresários. “A economia vai responder com essa alternativa e com a possibilidade de criação de um fórum para acompanhamento diário. Eu tenho segurança em afirmar que nossa economia vai responder muito bem”, pondera. “Evidente que vamos ter prejuízo, perdas na economia, mas o mais importante é que estão preservando vidas humanas com as medidas e acho que isso está correto.”
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