Aumenta em 331% o número de alistamento de mulheres no Exército

Dados divulgados no Portal da Transparência mostra um maior interesse feminino nos últimos dois anos, com o crescimento do desemprego

 

Apesar do serviço militar ser obrigatório apenas para homens, o Exército Brasileiro registrou nos dois últimos anos um grande aumento no número de mulheres interessadas em fazer parte da instituição. De acordo com as informações disponíveis no Portal de Dados Abertos, em 2019, houve um crescimento de 331% na quantidade de candidatas em relação a 2010.

O movimento de interesse ao longo dos anos coincide com a curva de taxa de desocupação no mercado de trabalho, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quanto maior o desemprego no país, mais jovens do sexo feminino se alistaram. O mesmo não pode ser observado com os homens, pois eles são obrigados a se apresentar às Forças Armadas.

As mulheres podem prestar serviço militar de forma voluntária. De acordo com o portal do Exército, elas ocupam cargos em organizações militares de todo o país e no exterior. “A maioria encontra-se nos quartéis-generais, organizações militares de saúde, estabelecimentos de ensino e órgãos de assessoria.”

Igualdade

Segundo as informações da instituição, desempenham cargos e concorrem às promoções em condições de igualdade aos oficiais do sexo masculino. “Todas recebem a mesma instrução militar básica ministrada aos homens.” No entanto, o maior posto ocupado por uma mulher é o de tenente-coronel. “A grande maioria continua ocupando, como praça, a graduação de sargento e, como oficial, os postos de tenente, capitão e major.”

Dentre as alistadas nos últimos dois anos, 68% concluíram ou estão cursando o ensino médio e apenas 5% ingressaram no Ensino Superior. Isso porque a média de idade delas é de 19,5 anos. No entanto, em 2019, cresceu muito a variação de idade, tendo candidatas de até 44 anos em busca de uma vaga no Exército.

A maior parte delas são dos estados de São Paulo (455) e Minas Gerais (427), mas proporcionalmente o Sergipe tem a maior taxa: 3,22 inscritas a cada 100 mil habitantes. Em seguida, aparecem Tocantins (2,61), Espírito Santo (2,31) e Distrito Federal (2,26)
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