Remédios com estoque zerado incluem substâncias para tratamento de câncer e Alzheimer. Ministério Público de Contas cobra explicações
Um total de 198 medicamentos e 204 materiais para tratamento de saúde da população estão sem estoque na Farmácia Central da Secretaria de Saúde (SES-DF). O órgão é o responsável não apenas por distribuir remédios a pacientes com doenças crônicas mas também pelo abastecimento às unidades da rede pública.
Documento revela que o órgão de controle solicita informações não apenas acerca do estoque de remédios importantes, mas também sobre como está sendo armazenado o material farmacêutico e se há, inclusive, sistema de monitoramento para maior controle de entrada e saída desses fármacos. O questionamento é assinado pela procuradora Cláudia Fernanda de Oliveira Pereira.
Medicamentos essenciais para pacientes com doenças graves estão zerados no estoque da Farmácia Central. Um deles é o rituximabe, um anticorpo usado no tratamento de muitos linfomas, leucemias e rejeições a transplantes. Há também ausência de somatropina, indicado para crianças com nanismo devido à deficiência do hormônio do crescimento.
Para a especialidade de neurologia, a rivastigmina também está sem estoque nas prateleiras da rede pública de saúde local. A substância serve para tratar demências causadas pelo Alzheimer por Parkinson. Há também o desabastecimento de morfina, narcótico de alto poder analgésico usado para aliviar dores severas também em pacientes no último estágio de doenças terminais.
Confira a situação atual dos remédios e materiais:
Ao MPC-DF, a Diretoria de Programação de Medicamentos e Insumos para a Saúde explicou que, dos 630 medicamentos catalogados no setor, há desabastecimento de 198.
Veja os documentos: