Mulher morta com corte no pescoço tinha 20 anos, afirma PCDF

Vítima foi identificada como Letícia Pereira de Morais Melo. Ela foi encontrada assassinada em uma estrada de terra de Planaltina

 

 

Investigadores da 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina-DF) identificaram o corpo da mulher encontrado na manhã desta terça-feira (17/12/2019) com um profundo corte no pescoço em uma estrada de terra em Planaltina. De acordo com a Polícia Civil, a vítima é Letícia Pereira de Morais Melo, 20 anos. Uma das linhas de investigação é feminicídio.

O delegado Diogo Cavalcante, da 16ª DP, disse que a mulher já havia se declarado como moradora de rua. Ainda assim, tinha residência, saiu na segunda-feira da casa da família, mas não retornou. Letícia deixa um filho.

O cadáver foi encontrado por pessoas que passavam pelo local, no Setor de Chácaras Jardim Morumbi. A Polícia Militar foi até a área, mas não localizou nenhum suspeito.

Peritos da PCDF fizeram a análise do corpo e da cena do crime. Pelas características do cenário e a poça de sangue, eles acreditam que Letícia foi assassinada no mesmo local em que foi achada.

Corpo encontrado por estudante

Um rapaz de 16 anos encontrou o corpo degolado no meio da estrada de terra quando seguia para a escola, por volta das 6h10. Ele conta que este não foi o primeiro crime que presenciou perto de casa. “É comum ouvir barulho de tiro, perseguição com polícia, encontrar carro roubado e até incendiado. No ano passado, vi um homem morto com um tiro na testa, só que quem achou foi o vizinho. Sempre morei aqui e até agora foram cinco corpos encontrados na região”, relata.

O jovem detalha que ainda amanhecia quando viu o que, de longe, parecia ser um saco plástico e pedaços de madeira. “As árvores estavam fazendo sombra. No começou, pensei que podia ser uma onça. Chegando perto, vi que o saquinho era, na verdade, um vestido branco. E o toco de madeira, os braços. Tinha muito sangue e vi que ela estava mesmo morta. Então voltei para casa e chamei meu tio. Fomos de carro buscar a polícia, que não costuma vir até aqui.”

A mãe do rapaz, que pediu para ambos não serem identificados, reclama da falta de segurança na região. “Toda hora tem alguém abandonando um carro e correndo pela mata para fugir. Já socorremos gente espancada, que veio aqui pedindo ajuda, mas quando vemos um povo suspeito, o jeito é se trancar em casa para também não virarmos alvo.”

A cada vizinho entrevistado, havia uma nova história de crimes e situações de vulnerabilidade vividos pelos moradores. Eles afirmam que o setor é um local usado para desova de cadáveres, produtos roubados e rota de fuga de bandidos.

A dona de casa Irani da Silva optou por instalar um portão eletrônico porque estava cansada de a entrada da chácara ser usada como ponto de manobras de carros. “Teve um que entrou aqui na porta de casa. É tanto suspeito que a gente que precisa se trancar para ficar seguro”, desabafa.

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