Nova paralisação divide lideranças da categoria após preço médio do litro do combustível já bater os R$ 4 em alguns Estados
O diretor-geral de frota e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, Jean-Urbain Hubau, avalia que a recente aceleração no preço do diesel é fruto das altas do repasse às refinarias iniciados em agosto. “Mesmo com as medidas de manutenção de valores em setembro e outubro, houve reflexo gradativo em razão dos postos trabalharem com estoque, fazendo com que a alta seja percebida mês a mês pelo consumidor”, explica ele.
Com as altas recentes, a possibilidade de uma nova greve ainda divide integrantes da categoria. O líder dos caminhoneiros Marconi França afirma que os motoristas “estão pagando para trabalhar” e classifica como “inevitável’ uma nova greve no momento atual. “Nós vamos cruzar os braços, no mais tardar em 15 de dezembro, por necessidade, não porque queremos”, destaca ele, que garante já contar com o apoio de “muita gente”.
A possibilidade de greve, no entanto, é descartada pelo presidente da Fenacat (Federação Nacional das Associações de Caminhoneiros e Transportadores), Luis Carlos Neves. Ele diz que os rumores a respeito da nova greve são causados por profissionais que “querem palanque”. “Todos que reivindicam uma nova paralisação foram candidatos na eleição passada e nenhum foi eleito.”
Líder dos caminhoneiros, Marconi França garante mobilização por nova greve
Ricardo Moraes/Reuters – 23.05.2018
“Neste final de ano, a gente está correndo para conseguir pagar as contas. Como é possível parar?”, questiona Neves, que não vê motivação aparente e para uma nova paralisação.
França, no entanto, vê como inaceitável “passar fome trabalhando”. “O dinheiro que está sobrando temos que escolher se levamos comida para dentro de casa ou compramos itens de segurança para o caminhão”, lamenta.
Novas altas
A professora de Economia da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) Nadja Heideric observa a possibilidade de os combustíveis ficarem ainda mais caros no curto prazo. “Se o dólar continuar subindo e manter esse patamar, pode surgir uma alta mais significativa nos preços”, avalia, ao comentar os recordes recentes da moeda norte-americana.
Hubau também vê a valorização da divisa, que bateu três recordes nominais seguidos no início da semana, como fator determinante para o preço dos combustíveis no Brasil. “Em um período de valorização da moeda, tivemos uma segunda alta anunciada pela Petrobras para a gasolina em menos de uma semana”, analisa.
O diretor da Edenred ainda menciona impostos, margens de revendas e estoques dos postos como outros elementos que impactam diretamente o bolso dos motoristas.
é a evaporação. Os grandes reservatórios de gasolina e diesel das refinarias têm tetos flutuantes no interior, que deixam o ar separado do combustível para minimizar a perda por evaporação.
DICA 04 – Certifique-se que a vedação da tampa do tanque está em boas condições.
DICA 05 – Calibre os pneus uma vez por semana. A estabilidade do carro influencia no consumo de combustível.
DICA 06 – Planeje sua rota, evite deslocamentos desnecessários.
DICA 07 – Não ande na “banguela”. A rotação do motor fica desequilibrada quando o carro está em movimento e não está engrenado.