Quase metade dos brasileiros não terminou o ensino médio, aponta pesquisa

Segundo o IBGE, 49% dos brasileiros com idade entre 25 e 64 anos não conclui essa fase dos estudos

 

 

Quase metade dos brasileiros (49%) com idade entre 25 e 64 anos não concluiu o ensino médio. Entre os que estão na faixa etária dos 18 aos 24 – período em que quem teve uma vida escolar regular está na universidade –, só 32,7% tiveram acesso ao ensino superior.

Os dados estão na pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2019, lançada nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que analisa as condições de vida da população brasileira.

Segundo a pesquisadora do IBGE Betina Fresneda, que integra a coordenação de Educação da SIS, a entrada dos jovens brasileiros no ensino superior não está compatível com os padrões internacionais.

A média dos países que compõem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 36% dos jovens com idade entre 25 e 34 anos com o ensino superior já concluído. No Brasil, esse percentual é de apenas 19,7%.

Educação básica

Apesar disso, o país avançou no que diz respeito à educação básica. A mesma pesquisa do IBGE aponta que 99,6% das crianças com idade entre 6 e 10 anos têm acesso a escola. Percentual semelhante (99,1%) às com idade entre 11 e 14 anos.

O número cai para 88,2% quando se trata das com idade entre 15 e 17 anos, fase da vida em que se cursa o ensino médio.

De acordo com o IBGE, 1,2 milhão de jovens nesta faixa etária estão fora da escola.

Já o índice de analfabetismo no país está em 7,2%, uma leve queda em comparação com os dados de 2015, quando a taxa ficou em 8%.

Na América Latina, o país com o menor índice de analfabetismo é Cuba: 0,2% da população não sabe ler e escrever. O segundo lugar fica com a Argentina (0,8%) e o terceiro com o Uruguai (1,5%).

E o salário dos professores?

De acordo com a pesquisa do IBGE, a média salarial do professor de educação básica no Brasil é de US$ 13.971 por ano. Algo entorno de R$ 56 mil, o que representa cerca de R$ 4,6 mil por mês.

Um número bem abaixo da média dos países que compõem a OCDE, que é de US$ 34.534 por ano, aproximadamente R$ 140 mil.

A pesquisa indica ainda que, no ano passado, 95,7% dos municípios brasileiros tinham aprovado um plano de carreira para os professores, mas 25,8% não tinham definido o piso salarial.

(Com informações da Agência Brasil)

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