” Para pensar o DF 2030, temos que pensar 60 anos à frente “, diz Subsecretário de Inovação da Casa Civil do DF

Paulo Medeiro foi um dos palestrantes da segunda edição do Fórum DF 2030, promovido pela Amcham Brasília

Ao abordar o tema “Tendências em Inovação – Smart Cities”, o subsecretário ressaltou a necessidade de mudança na maneira de pensar e destacou a evolução dos últimos 30 anos. “Eu vi nesses últimos 30 anos, a televisão sair do preto e branco e chegar ao que temos hoje. Vi o celular chegar no DF em 1994, vi toda essa transformação acontecer em três décadas, e hoje esses 30 anos aconteceriam em menos de 3. Esse mundo que vemos hoje, já não pertence a nós. Se não mudarmos radicalmente a nossa forma de pensar e estruturar as coisas, não vamos conseguir inovar”, aponta.

Paulo Medeiro foi um dos convidados da segunda edição do Fórum DF 2030, realizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasília), na última quinta-feira, 24/10. O evento, que aconteceu no Centro Internacional de Convenções do Brasil, teve como objetivo debater a construção do estado mais competitivo do país. Também participaram a Diretora Executiva do Grupo Gravia, Rosângela Gravia; o coautor do Livro “Desenvolvimento Produtivo — Proposta para Diversificação da Matriz Econômica do DF”, Apolinário Rebelo; a Sócia do Machado Meyer Advogados, Diana Piatti Lobo; o CEO do Instituto Smart City Business América, Jorge Barros e o Presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Igor Calvet.

Dividido em três painéis, o encontro levantou questões acerca das perspectivas para 2030, para o DF hoje, além do seu potencial de mercado, e para as tendências em inovação do estado. Durante o encontro, que contou com um público de mais de 200 pessoas entre empresários, executivos e gestores, Jorge Barros, CEO do Instituto Smart City Business América esclareceu o conceito de “cidade inteligente” e ressaltou a importância da participação popular na construção de uma Smart City.

“Tecnologia não é solução para coisíssima nenhuma. Tecnologia é um instrumento para que nós possamos dar uma solução no processo de transformação da nossa cidade. Tecnologia nada mais é do que uma ferramenta que a gente usa da maneira mais adequada para atender uma solução que nasce das necessidades dos cidadãos. O fundamento do processo de transformação de uma cidade para uma cidade inteligente é a participação cidadã”, destaca Jorge Barros.

Projetos para o DF

O Secretário de Desenvolvimento Econômico do GDF, Ruy Coutinho, falou sobre os desafios do DF e da necessidade de promover uma política orientada para o desenvolvimento das atividades produtivas, geração de emprego, incentivo ao empreendedorismo, criatividade e inovação além do desenvolvimento de uma infraestrutura de qualidade. O secretário apontou ainda a necessidade de mudança na matriz econômica do estado e de uma redução da dependência do setor público.

“Com o passar do tempo, a importância relativa do setor público vai diminuindo, vai decrescendo. É o que está sinalizado para o futuro”, afirmou.

Entre os principais projetos que estão sendo implementados ou que têm previsão para serem iniciados em breve, o secretário destaca:

  • Desenvolve DF

O projeto pretende ampliar o acesso dos empresários a imóveis da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), além facilitar a implementação de novos negócios e possibilitar a regularização de milhares de empreendimentos do estado.

 “Uma forma mais moderna e funcional de suprir o que o Pró-DF fazia com pouca funcionalidade. O ponto principal é o fim da venda de lotes e adoção de um modelo de concessão de direito real de uso (CDRU), concessão que vai de 5 a 60 anos. A coisa seria feita através de um pagamento a Terracap com uma taxa de ocupação mensal de 0,20% sobre o valor. Dentro desse projeto existem compromissos de geração de emprego. Se forem gerados empregos em número superior aos que foram prometidos essa taxa cai para 0,15% ao mês”, esclarece o secretário.

  • Emprega DF

O programa se baseia na adesão do Distrito Federal aos benefícios fiscais adotados pelo estado do Mato Grosso do Sul.

“Esse programa, implementado no Mato Grosso do Sul, foi basicamente a causa do sucesso e de transformação do estado em polo industrial e é o que nós desejamos fazer aqui no DF. Ele tem como meta a inovação tecnológica, instalação de novas empresas, ampliação e relocalização das empresas existentes”, destaca Ruy Coutinho.

  • Ampliação do Simplifica PJ

Melhoria e ampliação da unidade.

“Costumo brincar que é o Na Hora empresarial. Ela está instalada no setor industrial de Taguatinga e em breve estará instalada também no Plano Piloto, onde grande parte do empresariado se encontra” afirmou o secretário.

Durante o evento Coutinho também ressaltou iniciativas para o incremento do uso de energias renováveis, regularização fundiária tanto no plano quanto no meio rural e a reavaliação dos critérios do Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).

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