Decreto cancelando mudança no relógio foi publicado em abril pelo presidente Bolsonaro
Para alguns dispensável, para outros uma “benção”, a existência do horário de verão divide opiniões. O fato é que 2019 será o primeiro dos últimos 34 anos em que a famosa frase “começou o horário de verão, adiante seu relógio em uma hora” não será ouvida. A mudança foi oficializada em abril, após o presidente Jair Bolsonaro assinar o fim da medida baseado em estudos técnicos, que apontaram para a eliminação dos benefícios da alteração.
A mudança, que impactava os relógios nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, foi adotada para aproveitar a iluminação natural no fim da tarde, quando o consumo de energia é mais alto, só que o horário de verão era também impopular por conta da falta de luz solar nas primeiras horas do dia, que dificultava a vida de trabalhadores e estudantes.
Criado em 1931 e adotado de forma contínua desde 1985, o horário foi perdendo força com o passar dos anos em virtude da melhora na tecnologia dos equipamentos eletrônicos e lâmpadas, que passaram a ser desenvolvidos privilegiando a redução no consumo de energia.
A impopularidade foi traduzida quando alguns estados, que originalmente faziam parte da alteração, resolveram abandoná-la. Além das saídas, a duração também foi reduzida ao longo dos últimos anos. Uma pesquisa feita pelo DataSenado, com cerca de 12 mil internautas, confirmou a vontade popular, 55% votaram contra continuar adiantando os relógios.