Exposição Circoconjecturas apresenta universo surrealista de Rafael Silveira na CAIXA Cultural Brasília

A mostra traz pinturas, esculturas, bordados e instalações interativas

A CAIXA cultural Brasília recebe a primeira grande exposição individual do artista paranaense Rafael Silveira, chamada Circonjecturas. A mostra, com curadoria de Baixo Ribeiro, será inaugurada dia 15 de outubro, às 19 horas, e permanecerá aberta ao público até o dia 15 de dezembro. Nela, circo, tatuagem, botânica, publicidade dos anos 1950 e cultura pop, e elementos underground se mesclam em pinturas, esculturas, bordados e instalações interativas, criando um universo onírico completamente surrealista.

De acordo com o artista, “o ‘circo’ está relacionado a uma representação exagerada, um espetáculo; e as ‘conjecturas’ são uma alusão ao mundo das ideias, à mente. Por isso essa exposição tem um caráter imersivo, como um convite a abandonar o mundo real e explorar um universo onírico”.

A mostra foi um sucesso de público durante sua passagem em Curitiba, que contou com a presença de 100 mil visitantes, e em São Paulo, onde atraiu cerca de 30 mil pessoas. Para o curador Baixo Ribeiro, há um grande interesse pela exposição por ela ser pensada para um público geral. “O trabalho do Rafael Silveira trafega entre diferentes linguagens. Ele desenvolveu um jeito próprio de alcançar o público a partir de uma pesquisa muito íntima, que vai para o inconsciente, um lugar muito profundo e distante, e também uma pesquisa sobre a própria publicidade, a imagem clichê. O que ele faz com essas duas raízes é o que é interessante e especial sobre sua obra”.

Entre as obras que devem fazer mais sucesso com o público está a “escultura-monstro”, cujos dentes são teclas que podem ser tocadas, e o Corredor das Ilusões, composto por esculturas cinéticas de um metro e meio cada e efeitos de luzes negras. No Salão das Pinturas um sorvete gigante de 10×3 metros derretendo no chão, que serve como banco tátil, chamam a atenção. “O nonsense é um contraponto essencial em minha obra, como um alívio à pressão que a sociedade exerce por respostas sobre o sentido das coisas”, comenta Rafael.

Vale ressaltar os desenhos tridimensionais feitos de bordados, ou “ponto-cruz-credo”, uma das peculiaridades do trabalho do paranaense. As peças são confeccionadas em parceria com sua esposa, a designer de moda e artista têxtil Flávia Itiberê. Rafael explica que os bordados são uma parte nova e importante de sua obra: “é uma categoria que surgiu organicamente de nossa convivência. As referências do universo da moda que ela trouxe para minha pesquisa tiveram impacto irreversível no meu trabalho, e criamos muita coisa juntos”. O salão dos bordados é uma instalação de esculturas suspensas feitas de fibras diversas, bordadas manualmente. Ao ser iluminada, cada peça de bordado se transforma em um “stencil de luz”, que pinta a parede ao fundo com sombras gráficas.

Sobre Rafael Silveira

Nascido em Paranaguá, mas radicado em Curitiba, Rafael Silveira graduou-se em Publicidade e Propaganda no Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba). Trabalhou em agências de publicidade e em 2008 ficou conhecido por ter uma de suas obras estampando a capa do disco Estandarte da banda Skank.

 Sobre Baixo Ribeiro

Galerista e curador, é um dos fundadores da galeria Choque Cultural, que se tornou uma das principais referências globais em arte urbana e novas linguagens contemporâneas, apresentando jovens artistas ao lado de nomes já consagrados e internacionais.

Exposição Circonjecturas

Local: Caixa Cultural de Brasília (Setor Bancário Sul, quadra 4, lotes 3/4)

Abertura: 15 de outubro, às 19h

Período: de 16 de outubro a 15 de dezembro de 2019

Horários: de terça a domingo, das 9h às 21h

Classificação indicativa: livre para todos os públicos

Entrada gratuita.

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