Morador do DF protesta em frente ao STF contra prisão da mulher

Valter Ribeiro alega que a companheira, Frankielly, está presa por um crime que não cometeu. A mulher está presa preventivamente na Penitenciária Feminina, há mais de 70 dias

 

Um morador do Riacho Fundo I tenta chamar atenção dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para o caso da esposa, que está presa há mais de 70 dias na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (Colmeia). O vendedor Valter Ribeiro dos Santos, de 49 anos, alega que a parceira é inocente de uma acusação de assassinato.
Segurando uma placa com os dizeres “O amor da minha vida está presa sem dever nada a ninguém”, ele pede que os magistrados da suprema corte analisem o caso de Frankiele Fernandes, 35 anos. De acordo com o vendedor, Frankiele foi presa por conta da acusação da morte de uma mulher. Mas ele alega que, na verdade, sua enteada, menor de idade e filha de Frankiele, teria sido a real culpada pelo crime.
Segundo Valter, a adolescente teria esfaqueado uma mulher após uma briga relacionada a drogas ilícitas no carro de outro rapaz. Ele ainda alega que, depois do suposto crime, a jovem passou a colocar a culpa em sua mãe. De acordo com Valter, a esposa dormia com ele no momento exato do ocorrido. “Contei minha história para a Polícia (Civil), eles falaram que iriam investigar isso, mas até agora não resolveram nada. Só me disseram que estava em investigação”, relatou o companheiro de Frankielly.
“A gente não deve nada para ninguém, somos pessoas de paz. Somos trabalhadores, vivemos do nosso trabalho. Ela (Frankiele) não deve nada para ninguém”, disse. “Temos uma lanchonete lá no Riacho Fundo e o pessoal que mexe com coisa errada lancha lá sempre. Por isso, acabaram dizendo que nós fazemos parte de facção criminosa. Mas minha mulher não mexe com isso”, completou.
Segundo Valter, Frankiele contratou um advogado particular, mas, por não ter condições financeiras suficientes para arcar com os custos, o processo fica mais lento. “A gente é pobre, não tem condição nenhuma. Ela tem advogado particular, ele está fazendo o que pode fazer, mas a gente não tem a quantidade suficiente para dar para ele, então ele faz aos pouquinhos e faz o que pode. Se dependesse dele, a gente não estaria nessa situação também. Eu fui na defensoria pública algumas vezes mas ninguém se prontificou a me ajudar. Falaram que precisava do CPF e identidade dela, mas a família se negou a me dar isso”, explicou.
O companheiro de Frankiele afirma que o homicídio foi registrado na 29° Delegacia De Polícia Civil, no Riacho Fundo I. Ele também diz que foi à Delegacia da Criança e do Adolescente na Asa Norte para contar sua versão dos fatos, e que há uma audiência marcada para 22 de outubro.
Apesar de protestar em frente ao Supremo, o caso tramita em primeira instância de Justiça. O STF pode interferir em casos criminais quando ocorre algum tipo de violação da Constituição ou de direitos nela previstos durante o curso do processo.
Procurada, a assessoria de imprensa da 29ª DP confirmou que Frankiele Fernandes foi indiciada e presa preventivamente por homicídio consumado, e que as investigações do suposto crime se encerraram em 12 de julho com a “remessa do respectivo Inquérito Policial ao Poder Judiciário”.
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