Líder do governo no Senado é alvo da Polícia Federal

A operação investiga desvio de dinheiro de obras da época em que o senador Fernando Bezerra (MDB-PE) era ministro de Dilma Rousseff

 

O senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo Bolsonaro na Casa, está na mira da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (19/9). Buscas e apreensões no gabinete do parlamentar foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

A PF investiga denúncia de desvio de dinheiro público de obras da Região Nordeste da época em que Bezerra era ministro da Integração Nacional no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Na época, Bezerra era filiado ao PSB e estava entre os nome de confiança do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

O filho do senador, o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE), também é alvo da operação. A PF também confirmou que há mandados de prisão no estado de Pernambuco, mas não informou os nomes dos alvos.

Em nota, a defesa do senador disse que recebeu a notícia da operação com “estranheza” e que a “única justificativa” para os mandados de busca e apreensão no gabinete do senador  “seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal”.

Bezerra foi escolhido como líder do governo em 20 de fevereiro de 2019. Como ministro da Integração Nacional, entre 2011 a 2013, o pernambucano foi responsável por parte do projeto de transposição do Rio São Francisco e por outras obras hídricas importantes no país.

Outras investigações

Não é a primeira vez que o senador é alvo da Polícia Federal. Em 2014, o Ministério Público Federal (MPF) apurou que a empresa Camargo Corrêa entregou propina a Fernando Bezerra. A denúncia serviu como base para a Operação Turbulência da Polícia Federal, que também tinha o senador como alvo.
Em 3 de outubro de 2016, Fernando Bezerra foi denunciado na Operação Lava-Jato pela Procuradoria-Geral da República pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. É acusado de receber propina de cerca de R$ 41 milhões.
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