Professor da UnB lança livro sobre habitação popular

Obra escrita por Frederico Flósculo, em parceria com Fernando Vidal, aborda metodologia de controle de projetos e obras

 

Habitação popular é o tema do novo livro do professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU/UnB) Frederico Flósculo, em parceria com Fernando Vidal, que também colaborou com Flósculo no Núcleo de Pesquisa para Habitação do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da UnB. A obra será lançada em evento marcado para 27 de setembro, ás 19h, no Carpe Diem (104 Sul).

O auto afirma que “o livro visa abordar uma metodologia de controle de projetos e obras os mais diversificados possíveis”. “Ele abre o modo de projetar, de construir, etapa por etapa, dia por dia, preço por preço, trabalho por trabalho, tudo direitinho, expondo toda a anotomia da construçao de uma grande ou pequena edificação, de uma grande obra feita de uma peça só como o minhocão, um palácio, ou de milhares de pequenas obras”.

“Então, a técnica é multiapliacativa e se destina a permitir que a população possa entender o que está  acontecendo em qualquer canteiro de obra, como o Minha Casa Minha Vida”, acrescenta.

Segundo Flósculo, a obra explica técnicas que permitem várias inovações e adaptações de modelos de contruções e materiais convencionais. “A leitura também almeja abrir a caixa preta das construtoras para que elas expliquem-se quanto ao que vão fazer em cada projeto. Então é algo que se for bem dirigido dá à comunidade, à liderança comunitarária, muita transparência do que está sendo feito, mas isso infelizmente exige um nível de organização do governo que não temos agora”, pondera. “Pretendemos alcançar lideranças comunitárias e interessados na auto-construção entre outras possibilidade”, completa.

Questionado sobre a diferença entre os termos “habitação popular” e ” habitação de interesse social”, Flósculo explica que o primeiro permite a consideração de técnicas tradicionais e convencionais além de modelos estéticos amplamente praticados ao longo da história das cidades brasileiras e das habitações do campo.

Já a segunda, pertence a uma tradição mais burocrática e que dá mais força ao papel dos técnicos do que às comunidades que ainda detém conhecimentos ancestrais de auto-construção. ” Devemos estimular o uso dos saberes locais e dos saberes tradicionais na solução do problema habitacional em vez de forçar soluções através de grandes construtoras e de programas governamentais de péssima qualidade quanto a sua implantação,implementação e gestão”, avalia Flósculo.

O escritor ressalta estar satisfeito com o resultado da obra. Ainda conforme Flósculo, a obra, apesar da linguagem acessível, é recomendada para leitores com perfil mais técnico ou com experiência na condução de obras de interesse coletivo em áreas distantes dos grandes centros urbanos e sem arquitetos e engenheiros.

“Nos dedicamos ao problema da metodologia de projeto guiada pelas tecnologias de construção. No caso, as tecnologias mais convencionais”, afirma. ” Pretendemos continuar a contribuir para o aprimoramento técnico dos projetos e obras de habitação popular através da publicação de mais trabalhos sobre a orientação dos ateliês de projetos e da análise de métodos e técnicas da construção civil”, finaliza.

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