Aulas são ministradas no período matutino e vespertino. O objetivo do curso é facilitar a comunicação com a população surda do DF e melhorar o atendimento ao público
Na tentativa de construir uma sociedade mais inclusiva, o Governo do Distrito Federal oferece aulas de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para servidores interessados no assunto. Quatro turmas foram formadas em agosto e, após um mês de aulas, a missão de facilitar a comunicação com a população surda do DF e melhorar o atendimento ao público já mostra resultados positivos para os cerca de 100 estudantes em salas de aula.
Atualmente a servidora atua no Colégio Militar Dom Pedro II e acredita que, além de conseguir se comunicar com a comunidade escolar, também vai proporcionar as crianças a sensação de inclusão. “Tenho certeza que elas vão se sentir acolhidas. Somos nós que temos que nos adequar a eles e não ao contrário”, comenta.
Assim como Alessandra, o ouvidor Fábio Monteiro, 44 anos, também decidiu fazer o curso para aprimorar o atendimento ao cidadão. “Se eles não sabem escrever não conseguimos ajudá-los. Então, estou adorando saber que posso ajudar alguém que tenha essa deficiência não só no trabalho, mas como em outros lugares também”, diz Fábio.
Demanda frequente
O diretor da Escola de Governo (Egov), Alex Almeida, destaca que a Libras, além de ser uma demanda da sociedade, também é uma procura recorrente dos servidores. “Estamos intensificando a oferta do curso com o objetivo de capacitar, principalmente, aquele servidor que trabalha com atendimento ao público. Nosso objetivo é melhorar os serviços oferecidos para a população e incluir todos os cidadãos”, pontua.
180 vagasForam ofertadas este ano para turmas de Libras
Oferecido pela Egov, o curso para iniciantes tem duração de 60 horas. Ao todo foram ofertadas 180 vagas este ano para turmas nos períodos matutino e vespertino. A instrutora Camila Alves explica que intenção é trazer um vocabulário que os servidores possam se comunicar não só no curso, mas fora dele.
“Há termos certos para se comunicar com os surdos, que estão em todo lugar. É preciso ter a conscientização de que é um língua, que não é algo fácil, mas que é fundamental para a qualidade do atendimento à população”, ressalta. Durante as aulas teóricas e práticas são abordados assuntos como história da educação dos surdos, terminologias utilizadas, conceitos, legislação. Ao final da capacitação, os alunos fazem provas orais e escritas.