Mulher e ex foram mortos após chamarem dona de festa de “vagabunda”

Segundo as investigações, Roseli Sousa Santos e Aneilton Vitorino da Silva teriam ofendido a aniversariante, irritando o companheiro dela

 

Investigadores da 6ª Delegacia de Polícia acreditam que os assassinatos de Roseli Sousa Santos, 33 anos, e Aneilton Vitorino da Silva, 29, no fim de semana, tenham acontecido após as vítimas chamarem a dona da casa onde ocorria uma festa de “vagabunda”, na região do Café Sem Troco, no Paranoá. Segundo testemunhas, o companheiro da mulher teria se irritado e iniciado a confusão. Ele é o suspeito do duplo homicídio.

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a mulher ofendida é também proprietária da casa onde ocorria a festa. Revoltado com a ofensa, o companheiro dela teria pegado uma faca e golpeado Rose primeiro. Aneilton, então, saiu em defesa da ex-esposa e mãe de seus filhos e, em luta corporal com o suspeito, acabou levando 10 facadas.

O companheiro da aniversariante teria, ainda, utilizado tijolos para matar Aneilton. Os golpes foram desferidos na região da cabeça da vítima. A PCDF tenta, agora, ouvir os demais participantes da festa que testemunharam os fatos. A faca utilizada no crime foi apreendida.

A titular da 6ª DP, delegada Jane Klébia, diz que uma outra linha de investigação também será considerada pelos policiais: a de que Aneilton teria matado Roseli e, em seguida, foi linchado até a morte. Para ela, o casal dono da residência onde ocorria uma festa de aniversário é peça-chave para o esclarecimento do crime.

Os dois não foram localizados pela polícia. Até o momento, o que se sabe é que Roseli e Aneilton estavam separados há cerca de três meses. Eles foram casados por 10 anos e tinham sete filhos juntos. Há histórico de violência doméstica, mas a mulher nunca registrou ocorrência contra o companheiro porque não acreditava, conforme relatos de testemunhas, que ele iria fazer mal a ela.

Por volta das 5h, o pai da dona da casa estranhou que o som da festa foi desligado de repente. Ao chegar ao imóvel, se deparou com a casa vazia e o corpo de Roseli estendido no chão da cozinha. Ela foi atingida com pelo menos duas facadas no pescoço. No quintal, Aneilton estava de bruços. Além de socos e tijoladas, o homem levou 10 facadas, e ainda foi agredido com a grelha de churrasco e um rodo.

“Recebi a notícia pela polícia. Ele era uma pessoa tranquila, mas do mundão. Eu não posso negar porque era meu filho. Muito ruim saber que ele morreu”, disse o pai de Aneilton, Anivan Vitorino da Silva. “Eu soube que era meu ex-cunhado, mas não sabia que a minha irmã também tinha sido morta. Ela tinha voltado para casa e não falou que iria para a festa. Não sabemos o que fazer para cuidar das crianças. Minha mãe está vindo de Minas”, lamentou Selma Souza, irmã de Roseli.

 

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