Projeto da Secretaria de Saúde integra a fitoterapia como opção terapêutica

Há 30 anos surgia no DF a Farmácia Viva, projeto que produz remédios fitoterápicos distribuídos em 21 unidades de saúde da capital

 

Ao sentir uma dor ou um mal-estar, é natural ir a uma farmácia para comprar remédios que possam combater a doença e os sintomas. No entanto, algumas pessoas mantêm as tradições e os costumes dos avós e dos pais e optam por medicamentos naturais, à base de plantas medicinais. Como eles sempre dizem: “Nada como um bom chá de ervas”. No Distrito Federal, não é difícil encontrar. A Farmácia Viva, um projeto da Secretaria de Saúde, integra a fitoterapia como opção terapêutica aos programas existentes nos centros e postos de saúde e completa 30 anos este mês.
Desde que começaram a ser desenvolvidos na capital, em 1989, os medicamentos naturais da Farmácia Viva beneficiaram mais de 300 mil pacientes. As plantas são cultivadas na própria unidade, localizada no Riacho Fundo 1. Atualmente, sete fitoterápicos são produzidos lá e passam pelo processo de plantio, colheita, triagem, secagem e, por fim, a extração no laboratório, onde são obtidos as tinturas e os extratos, podendo ser usados como produto acabado ou como matéria-prima para a produção de outros remédios.
Treze profissionais da saúde que trabalham na unidade. “Costumo dizer que a fitoterapia é o conceito ecológico da saúde colocado em prática. Nosso intuito é trabalhar cada vez mais para poder oferecer o melhor da natureza para os pacientes”, destaca o chefe do Núcleo da Farmácia Viva, Nilton Netto.
Atualmente, a Farmácia Viva oferece babosa, boldo, confrei, funcho, alecrim pimenta, guaco e erva baleeira. Os três últimos são plantas nativas do Brasil.  Em comemoração aos 30 anos, a equipe da unidade estuda o cultivo de uma nova planta para tratar ansiedade, a colônia. “Estamos finalizando alguns estudos e espero que, em breve, possamos distribuir mais este fitoterápico, que vai tratar ansiedade leve. Ele será em forma de chá”, informa Nilton.
Ao todo, 21 unidades de saúde — 19 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), um hospital e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) — recebem os medicamentos naturais para distribuir para a população. Somente no ano passado, foram produzidos e distribuídos 25 mil fitoterápicos pela Secretaria de Saúde. A UBS 1, no Núcleo Bandeirante, foi a primeira a aderir ao projeto. Hoje, é uma das que mais distribui os fitoterápicos. Por mês, são 300 deles entregues a cerca de 200 pacientes. Para retirar os remédios, é necessário uma receita prescrita por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas ou nutricionistas.

Receita natural
Para que servem os fitoterápicos oferecidos pela Secretaria de Saúde

(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Alecrim pimenta: antisséptico e antimicótico

(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Babosa: ajuda na cicatrização de machucados

(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Guaco: auxilia no tratamento de gripe, resfriado e infecções respiratórias que apresentam muco
Boldo: auxilia na digestão
Confrei: cicatrizante, hematomas e contusões
Erva baleeira: anti-inflamatório em dores associadas a músculos e tendões
Funcho: antiflatulento, antidispéptico e antiespasmódico
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