A técnica em radiologia médica Mirian de Oliveira Ueda, 56 anos, conta que está desempregada há 16 anos, mas sempre pagou o INSS como contribuinte individual e conseguiu atingir os 30 anos de pagamentos exigidos para se aposentar por tempo de contribuição.
Em 11 de março deste ano, ela solicitou a aposentadoria ao INSS. Apesar de suas queixas, inclusive à ouvidoria do órgão, o pedido continua em análise. “Saí do emprego quando tive minha filha e tento voltar ao mercado de trabalho há quatro anos, mas não consigo. Creio que seja devido ao tempo que fiquei fora e à idade também pesa muito”, conta Mirian.
“Continuei pagando as contribuições com muita dificuldade e não parei até hoje, porque tenho medo de perder a qualidade de segurada e não conseguir me aposentar. Não sei mais o que fazer, porque necessito desse benefício.”
A leitora reclama de, até o momento, não ter recebido resposta do INSS nem sobre seu pedido de aposentadoria nem sobre sua manifestação na ouvidoria.
“Com a crise que o país está passando, acredito que não vou conseguir emprego, porque há muitas pessoas desempregadas mais jovens do que eu.”
Além deste pedido, ela aguarda um processo judicial para que seja incluído em suas contribuição mais um ano por ter sido exposta a agentes nocivos à saúde.
APOSENTADORIA É CONCEDIDA
O INSS afirma que a aposentadoria por tempo de contribuição da segurada foi concedida em 9 de agosto, com pagamento retroativo a 11 de março de 2019. Com a senha do site gov.br/meuinss, a leitora poderá ter acesso aos dados de seu benefício.
De acordo com o órgão, se a segurada não tiver a senha de acesso, poderá se cadastrar no site Meu INSS ou aguardar correspondência sobre a aposentadoria, que será enviada à sua residência
