Fila de espera para transplantes de órgãos no DF tem 901 pessoas

A rede de saúde pública da capital realizou, no primeiro semestre de 2019, 316 transplantes de órgãos entre rins, fígado, coração e córnea

 

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal divulgou que, atualmente, 901 pessoas estão na fila para transplantes de órgãos na capital da República. A maioria delas — 532 pessoas — espera por um novo rim. Outras 314 aguardam córnea.

De janeiro a junho deste ano, já foram realizados 316 transplantes de órgãos na capital, a partir de 26 doadores efetivos. A maioria dos procedimentos realizados na rede pública foi de córneas — 225. Em seguida, aparecem operações de fígado (46); rim (27); e coração (18).

Segundo informações da pasta, para que seja possível a doação, é preciso comprovar a morte encefálica, por meio de um protocolo próprio e complexo.

“São realizados três exames por médicos diferentes, com o intervalo mínimo de uma hora entre eles, para avaliar se o cérebro da pessoa ainda é capaz de mantê-la viva”, explica a diretora substituta da Central Estadual de Transplantes, Joseane Gomes Fernandes Vasconcellos. “Com a confirmação de que não há atividade elétrica ou fluxo sanguíneo no cérebro, é constatada a morte encefálica”, complementa.

Em caso de parada cardiorrespiratória, podem ser retiradas as córneas para transplante. “Poderiam ser doados pele e osso também, mas, no DF, não temos, ainda, condições de proceder com a retirada desses outros tecidos”. Com regularidade, na capital do país, são retirados coração, fígado, rins e córneas dos doadores falecidos.

A legislação no Brasil determina, desde 2001, que a doação deve ser autorizada pela família do paciente. Então, é fundamental que a pessoa informe aos familiares sobre seu interesse em ser um doador de órgãos.

Órgãos

Em 2018, foram registrados 53 doadores de órgãos e outros 251 apenas de córnea. As equipes de saúde realizaram 302 transplantes de córnea, 55 de rim de doador falecido, dez transplantes de rim de doador vivo, 86 de fígado e 34 transplantes de coração.

Entre os beneficiados, estava Gisele Lacerda das Chagas, 29 anos. Depois de três anos esperando por um rim, recebeu o órgão há 10 meses. “Fiz quatro anos de diálise peritoneal. Depois de ser transplantada, o melhor é ter a liberdade de uma vida normal, sem parar para a diálise”, comemora.

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