Mais de 1,3 mil animais foram resgatados em áreas urbanas este ano

Devido o período de seca e o aumento no número de incêndios, os animais silvestres procuram refúgio em ambientes urbanos

 

O período da seca é marcado pelo aumento no número de incêndios em vegetações. As consequências do fogo refletem, também, no aumento do número de casos de animais silvestres que, buscando refúgio, acabam sendo encontrados em ambientes urbanos. Uma joboia, uma coruja, uma arara e um mico foram resgatados nesta segunda-feira (22/7) pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal (BPMA/DF). Somente este ano, foram atendidas 1.368 ocorrências do tipo.
Todos os animais das ocorrências desta segunda foram encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama, em Taguatinga. A jiboia, de aproximadamente 70 cm, foi encontrada dentro de um caminhão. O veículo passaria por manutenção, em um galpão na Estrutural, quando os mecânicos viram o réptil e acionaram o batalhão.
Já a arara foi vítima de um acidente com uma linha de pipa. Crianças da Vila Buritis, em Planaltina, brincavam de empinar pipa quando duas araras sobrevoaram o local e uma se chocou com o brinquedo. Ela teve a asa cortada e foi levada por moradores para uma clínica veterinária próxima.
“Como se trata de um animal silvestre, o local não fornecia o tratamento adequado e por isso acionaram o batalhão. A ave não conseguia mais voar e vai ser tratada no Cetas para conseguir retornar à natureza”, detalha o sargento Roberto Gonçalves, responsável pela ocorrência.
Quem também estava com uma das asas machucada e passa pela avaliação dos veterinários é a coruja buraqueira, encontrada em Samambaia. Já no Lago Sul, um mico de tufo preto foi resgatado com ferimento na pata. Ele estava no jardim de um escritório de advocacia da região.
Ao todo, foram resgatadas 568 aves, 412 répteis — sendo a maioria jiboias, com 84 casos — e 388 mamíferos. “É comum um aumento de resgate no período da seca. As queimadas contribuem para que o animal procure outros ambientes”, diz o major Souza Júnior. Ao encontrar um animal silvestre, a recomendação é não tentar captura-lo e acionar de imediato a polícia pelo 190. “Se estiver em um ambiente externo, o comunicante deve apenas fazer um monitoramento visual. Caso o animal adentre uma residência, é necessário isolar o local e manter principalmente crianças e idosos afastados”, aconselha o major.
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